Congresso mundial de osteoporose, osteoartrose e doenças osteomusculares

Em Abril,aconteceu na cidade de Sevilha, Espanha,o Congresso Mundial de Osteoporose, Osteoartrose e doenças Osteomusculares. O evento é considerado o principal fórum mundial para a apresentação de pesquisas clínicas sobre a saúde óssea,articular e muscular. É uma realização conjunta da Fundação Internacional de Osteoporose (IOF) e da Sociedade Europeia de Aspectos Clínicos e Econômicos da Osteoporose e da Osteoartrite (ESCEO). Pacientes com doenças músculo-esqueléticas são tratados por uma ampla gama de diferentes profissionais de saúde, incluindo endocrinologistas, reumatologistas, ortopedistas, geriatras, clínicos gerais ou fisioterapeutas. Hoje, as doenças crônicas, como a osteoporose ou osteoartrite são uma das principais causas de incapacidade e de perda de qualidade de vida entre idosos. Em todo o mundo, pelo menos uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens com idade superior a 50 anos vai experimentar uma fratura devido à osteoporose A longo prazo, isto acarreta em perda de qualidade de vida para o público da terceira idade. O Congresso anual do IOF e da ESCEO é um fórum global para a apresentação da mais recente pesquisa médica sobre esses temas, bem como um ambiente de aprendizagem vibrante para os médicos e profissionais de saúde de todo o mundo. Mais de 800 trabalhos científicos foram apresentados no Congresso neste ano”, afirma o ortopedista Caio Gonçalves de Souza (CRM-SP 87.701), Doutor em Ciências pela FMUSP.


Os principais destaques do evento


Suplementação de cálcio não aumenta a doença cardíaca coronária

Isto foi pesquisado porque uma das formas de se prevenir a osteoporose é a suplementação de cálcio e vitamina D e se queria conhecer melhor a segurança deste tratamento Uma meta-análise mostrou que a suplementação de cálcio com ou sem vitamina D não aumenta a doença cardíaca coronária ou risco de mortalidade em mulheres idosas. Logo, a prevenção da osteoporose com estes complementos é segura para os pacientes”, informa o ortopedista, que também integra o corpo clínico do Hospital das Clínicas.


Adolescentes que passam muito tempo jogando on-line têm ossos frágeis e correm o risco de desenvolver osteoporose

Adolescentes enfurnados em seus quartos jogando no computador têm os ossos mais fracos do que aqueles que apreciam o ar livre. Segundo a pesquisa, meninos que passam mais tempo em frente ao computador, a consoles de jogos ou na frente da TV têm menor densidade mineral óssea do que as meninas ou do que meninos que apreciam o ar livre. Isso significa que, futuramente, enfrentarão um risco aumentado de fraturas e osteoporose.


Pesquisadores mostram o impacto da insuficiência de vitamina D sobre o risco de fraturas

Um estudo - Vitamin D insufficiency sustained over 5 years contributes to increased 10-year fracture risk in elderly women - apresentado no Congresso Mundial sobre Osteoporose, Osteoartrose e Doenças Osteomusculares, mostra que os baixos níveis da ingestão de vitamina D, a longo prazo, estão associados com maior risco de fratura entre mulheres idosas. O estudo conclui que na amostra da população de mulheres idosas analisada, a insuficiência de vitamina D, sustentada ao longo de 5 anos, foi associada com o aumento do risco de fratura osteoporótica nos 10 anos seguintes. A Fundação Internacional de Osteoporose (IOF) tem recomendações globais para a vitamina D que indicam a necessidade de ingestão diária de 1000 a 1200 UI / dia em idosos com fraturas e para prevenir quedas.

 

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